Nos ensaios aqui reunidos, Marilena Chaui interroga a gênese e o sentido da ideologia da competência desde o momento da regulação fordista ao momento neoliberal, concentrando-se na análise de duas instituições: a universidade e a indústria cultural. Na medida em que é adaptada pela estrutura autoritária e hierarquizada da sociedade brasileira, a ideologia da competência, tornando-se princípio de organização das universidades, não só justifica a estrutura social vigente, como também contribui para reproduzi-la sem transformações de base. Chaui desmascara o discurso modernizador dos neoliberais ao mostrar que, longe de promover a democratização da sociedade brasileira, não estavam senão acentuando sob vestes moderninhas a dominação tecnocrática autoritária que se iniciara com a ¿modernização conservadora¿ da ditadura. Na análise da indústria cultural, Chaui mostra como a programação televisiva forma sujeitos narcisistas que não conseguem exercer uma cidadania democrática e construir um e
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